Garoto esperto
Nos palcos desde os 6 anos, Micael diz que o teatro o ajudou a sustentar a família. ''Se não tinha pão com manteiga, eu comprava. Nunca nos faltou nada'', conta. Parte do dinheiro que o menino ganhava ia para a construção da casa da família. Outra ficava no banco. ''Se não tinha videogame, soltava pipa na laje. Se não tinha bicicleta, jogava bolinha de gude. Sou um garoto realista'', diz.
Hoje, Micael tem um apartamento no Vidigal, um carro e uma motocicleta. ''Minha casa é dúplex, tem sala grande e cobertura, onde posso fazer meu churrasco. Comprei pisos, quebrei parede, tirei entulhos... Gosto de colocar a mão na massa'', afirma. Harmonia em casa
Se ele pensa em sair do morro? Não. ''Nos ajudamos e nos cumprimentamos sem que ninguém nos olhe torto. Já sofri e ainda sofro preconceito por morar no morro. Para fazer crediário, por exemplo, é difícil.''
A vida no morro deu outro presente a ele: a namorada, Aline Felix, 16. Os dois estão juntos há dois anos e meio. ''Eu a conquistei com o olhar. Gosto de mulher charmosa'', diz Micael.
Fonte: Contigo
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