sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Detalhes apimentados de Antonia Fontenelle

Vinda do sertão do Piauí, onde morou até os 11 anos, a atriz Antonia Fontenelle chegou ao Rio de Janeiro aos 18 com um sonho: ser atriz de TV. Na capital fluminense, percebeu que a coisa não era tão fácil assim e acabou apaixonada pelo teatro, onde atuou durante muito tempo até cair nas graças da Globo.



Neste ano ela conquistou o papel de Kátia Valadares na nova temporada de Malhação. Em plena ascensão, além do papel global, Antonia interpreta um travesti na peça Vidas Divididas, dirigida pelo namorado Marcos Paulo (que ela conheceu ocasionalmente em um almoço no Projac). Entre vários detalhes sobre sua vida e carreira, a atriz confessa que certamente posaria nua, se pagarem o que ela pedir. Confira!


Você nasceu em Brasília, foi criada no sertão do Piauí e agora vive no Rio de Janeiro. Como aconteceu tudo isso?
Fui adotada aos dois meses, minha família adotiva morava em Santa Rosa, sertão do Piauí, onde vivi até os 11 anos. Ao concluir o primário, pedi aos meus pais que se mudassem para continuar meus estudos. Como meu pai nunca gostou de morar na cidade, fomos para Parnaíba, litoral do Piauí, em uma ilha graciosa que fica próxima ao delta do Parnaíba. Morei lá até os 18 anos.

Como você foi parar no Rio de Janeiro?
Decidi que queria ser atriz quando tive acesso à televisão. Lembro-me que tudo aconteceu quando vi uma cena da Maria Zilda na novela Vereda Tropical (1984). Pensei: 'Quando crescer quero ser atriz de televisão'. Então comecei a me corresponder com adolescentes de revistas teens para saber em qual cidade eu deveria morar para ser atriz. Acabei optando pelo Rio de Janeiro. Ao chegar aqui, fui parar em uma escola de teatro chamada Martins Pena e lá me apaixonei perdidamente pelo teatro. Deixei a TV para segundo plano.

Você ficou em cartaz bastante tempo com a peça Subindo pelas Paredes. Logo em seguida, fotos suas seminua saíram na internet. Como você lida com esse lado sensual?
As fotos que vazaram na internet eram da minha personagem (na peça Subindo pelas Paredes) posando para um calendário de borracharia. Eu fazia uma personagem de valores invertidos, daquelas que vão à praia e combinam com os paparazzi de fazer topless para depois sair em revistas de fofocas. Devo dizer que inspiração não me faltou. Quanto à sensualidade, sou sensual quando quero, às vezes sou uma molecona.

Seu corpo também é um instrumento de trabalho. Como você cuida da saúde?
Ultimamente estou negligente com o quesito corpo, por pura falta de tempo. Mas sou uma sortuda, não malho há um ano, não tenho hora para me alimentar por causa da correria e como de tudo, mas bebo bastante chá verde para compensar. Não gosto muito de doces, não sou fã de chocolate, não fumo e só bebo socialmente, acho que isso ajuda muito.



Você já produziu 15 peças teatrais e atuou em 12. Como é estar à frente e atrás dos palcos? O que você prefere?
Gosto muito de estar no palco, só produzir não me faz 100% feliz, com exceção do Tributo a Gonzaguinha, no qual o Gaspar Filho interpretava o Gonzaguinha e que eu assistia toda noite. Morria de orgulho de ser a responsável por aquele show incrível. Estar à frente ou atrás dos palcos é delicioso, porém de uma responsabilidade absurda, eu gosto de cuidar de tudo. Antes de cada espetáculo, estudo, acompanho a montagem, e, ao entrar em cena, sei exatamente que tipo de plateia terei, então danço conforme a música.

Você acha que ser namorada de Marcos Paulo abriu portas profissionais? Como vê isso?
Tudo na vida tem prós e contras. Quem já me viu no teatro sabe que não sou simplesmente a namorada do Marcos Paulo, tenho dez anos de profissão. Vou aproveitar a oportunidade que ele me deu na TV para provar isso. Espero conseguir.

E o namoro, como começou?
Conheci o Marcos em junho de 2007, no restaurante do Projac (no Rio de Janeiro). Estava com alguns colegas de trabalho e sentei em uma mesa em frente a dele, que também estava com amigos. Nossos olhares se cruzaram e foi onde o namoro começou. Sem interesse, sem mentiras, sem omissão, sem cobranças. Quanto ao fato de eu ser atriz e ele ator e diretor, sinto muito, mas isso não há como mudar e nem queremos.

Em outubro de 2008 você engatilhou outra peça, Vidas Divididas, com Fernanda Vasconcellos e Henri Castelli. A direção é de Marcos Paulo, seu namorado, que depois de 20 anos voltou a dirigir no teatro. Como foi essa experiência? Amor e trabalho se misturam?
Amor e trabalho se misturam sim, a prova disso é o sucesso da peça. Somos adultos e profissionais, nos respeitamos muito, portanto não poderia dar errado.

Como está sendo interpretar um travesti em Vidas Divididas? Houve algum tipo de laboratório?
Tive muito pouco tempo para me preparar, no período de montagem sou mais produtora do que atriz, então, no decorrer da turnê acabo correndo atrás do prejuízo. Conversei com um travesti, ele assistiu a um ensaio e me deu alguns toques. Ele me ensinou a dublar Maria Callas (a minha personagem faz shows em boates dublando Maria Callas) e eu tentei entender a alma desse travesti. Quando a gente entende a alma da personagem, o resto vem. Quanto à peça, ela continua, ainda teremos uma longa turnê pela frente. Nesse semestre deveremos nos apresentar no Rio de Janeiro.

Você vai fazer um longametragem dirigido por Marcos Paulo. Pode adiantar algum detalhe?
Adoraria, mas ainda não é hora de falar sobre o filme.



Malhação é a sua nova empreitada. Você é a professora da academia. Como é a Kátia Valadares?
A Kátia é uma mulher alegre, determinada, perua, amiga, sonhadora e alto-astral. Ela foi mãe muito jovem e é fã de Marilyn Monroe. A nova fase da Malhação está repleta de bons atores, alguns comediantes de mão cheia. Pena que só consigo assistir aos capítulos pela internet, mas morro de rir com a Louise Cardoso, a Mariana Rios, o Rael Barja, o Antônio Pedro e, modéstia a parte, até comigo.

Você tem 35 anos e um filho, pensa em ter mais?
Às vezes sinto vontade, mas não tenho planos ainda. Adoraia dar um filho (homem) para o Marcos, quem sabe.

Você posou seminua para um ensaio inspirado em Madonna. Ela é a sua diva? Como foi a repercussão do ensaio supersensual na sua vida pessoal e profissional? Admiro muito a garra, a força e o talento da Madonna, é uma vencedora e não deixou de ser uma fonte de inspiração. A repercussão foi incrível! Tive mais de dois mil acessos nas duas primeiras semanas. Gostei muito do resultado e o Marcos também gostou.

Você toparia posar nua para a Playboy ou para alguma outra revista masculina?
Ainda não é o momento, mas quando eu achar que chegou a hora e pagarem o que eu pedir, certamente. Sou profissional, e uma profissional não nega trabalho. Sou uma pessoa muito bem resolvida, e acima de tudo, respeito meus limites. Há tantas mulheres lindas, bem casadas e respeitadas que já posaram, não vejo problema algum.

No Carnaval do ano passado você saiu na Grande Rio. Em 2009 aonde Antonia Fontenelle vai desfilar? Pode dar detalhes da sua fantasia?
Em 2009 saio novamente na Grande Rio, como destaque de chão, à frente do terceiro carro, mesmo posto que ocupei no ano passado. O Cahê Rodrigues (carnavalesco) havia pensado em um carro, mas o Jayder Soares (presidente da escola) escolheu um outro, sobre a França. Ele disse que o carro era minha cara porque falava sobre a Revolução Francesa. A fantasia tem as cores da bandeira da França, é lindíssima.

Fonte: Contigo

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