Mas nem só de leitura se faz a preparação. Desde meados de novembro, a atriz tem dividido a agenda entre as gravações, as apresentações da peça "Vidas Divididas", ao lado de Henri Castelli, e aulas de hip hop com o coreógrafo Fly. "Pedi um professor para me assessorar, porque não tenho prática. Mesmo que isso vá ao ar editado, quero entender do que estou falando", justifica. 
De frente para a parede espelhada, Antônia mantem os olhos fixos na movimentação de Fly e de Úrsula Mandina, coreógrafa que auxilia o colega a explicar e exemplificar o comportamento feminino típico da dança. Apesar de não ser exatamente uma expert no hip hop, a atriz explica que a maior dificuldade é conseguir equilibrar o jeito "largadão" dos dançarinos do gênero com o perfil glamouroso da personagem. "Fazer a coreografia não é o mais complicado", garante. "A atitude e a malemolência dos movimentos não condizem com o deslumbre da Kátia. E eu tenho de fazer as duas coisas com verdade, senão fica uma contradição louca", adverte.
Para a sorte da atriz, porém, ela não será tão exigida assim nas cenas. Segundo Fly, que cria os passos apresentados nos capítulos do folhetim, Antônia não precisará fazer todos os movimentos. "A Kátia é a professora, não tem que dançar o tempo todo. Ela começa e os outros bailarinos continuam, como em uma aula de verdade", esclarece ele, que, com 22 anos de carreira, é só elogios para a nova aluna. "Ela teve um progresso muito grande desde o início.Vai ser a professora de "hip hop" mais bonita do Rio de Janeiro!", derrete-se. Mesmo com tantos elogios do mestre, Antônia diz que ainda pretende aprender ainda mais. "Eles estão dizendo que estou fazendo direitinho, mas quero fazer melhor. Estou aqui defendendo a minha personagem, que espero que dê muito certo. E isso só cabe a mim", reconhece.

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